Go To Top

O Homem Das Castanhas Lyrics

Na Praça da Figueira,
Ou no Jardim da Estrela,
Num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,
O homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
E apregoa como um desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
E, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
Um chapéu esburacado,
No peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
O homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
Voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
E à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
Passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
É como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
Ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.

O Homem Das Castanhas Lyrics performed by Carlos Do Carmo are property and copyright of the authors, artists and labels. You should note that O Homem Das Castanhas Lyrics performed by Carlos Do Carmo is only provided for educational purposes only and if you like the song you should buy the CD


What is the meaning of O Homem Das Castanhas lyrics?